O Dr. Marcos Galan Morillo é geriatra e conta um pouco sobre o Delirium no idoso, que é conhecido como quadro de confusão agudo. Situação que prevalece na população idosa, cuja taxa de mortalidade é alta.
Confira todos os detalhes do tema no vídeo.
**** Transcrição:
Eu sou o Dr. Marcos Galan Morillo, médico do Instituto Amato, especialista em geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
O tema que eu vou falar hoje é o Delirium, também conhecido como quadro confusional agudo. É uma situação clínica extremamente relevante, cuja prevalência na população idosa é bem alta.
Por que falar desse tema? Porque as taxas de mortalidade no Delirium se aproximam das taxas de mortalidade do infarto agudo do miocárdio e da septicemia, também conhecida como infecção generalizada.
No quadro confusional agudo, o idoso apresenta alterações de comportamento como desatenção, sonolência, agitação, agressividade, sempre com início agudo, ou seja, os sintomas surgiram há horas ou dias. Isso diferencia essa situação da também conhecida como demência, a mais prevalente é a demência do tipo Alzheimer, na qual os sintomas comportamentais surgem em semanas ou meses. Então, a importância de se reconhecer o quadro confusional agudo é porque o diagnóstico e o tratamento precoce vão fazer muita diferença em talvez diminuir a mortalidade dessa situação grave.
Por trás do quadro confusional agudo, o Delirium, existe sempre o fator precipitante e esse fator precipitante em geral é uma doença clínica subjacente. As mais comuns nos idosos são as infecções, principalmente infecção urinária e pneumonia; a desidratação, decorrente de um quadro diarreico ou de vômitos ou pela baixa ingesta de água; os distúrbios eletrolíticos, principalmente do sódio e do cálcio; as hipóxias, que é a baixa oxigenação cerebral; as doenças cardiovasculares também, o infarto agudo do miocárdio ou o tromboembolismo pulmonar e a causa principal na população idosa é o uso inapropriado de medicamentos, sejam medicamentos prescritos por médicos ou aqueles medicamentos de automedicação, comprados em balcão de farmácia.
Então, o que é importante o familiar do paciente idoso saber? Que diante de uma situação em que o nosso familiar, o paciente idoso apresenta uma mudança súbita de comportamento, esta situação deve ser prontamente avaliada por um especialista, para que o diagnóstico e o tratamento correto sejam instituídos prontamente.
Era isso o que eu tinha para falar. Para mais informações, acesse o nosso site e nos acompanhe nas redes sociais.
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