Sabe-se que a imunidade diminui progressivamente com o envelhecimento, e apesar da vacina da febre amarela ser segura, a população muito idosa, por ser heterogênea, precisa ser avaliada de forma singular.
A pessoa com mais de 80 anos com doenças crônicas controladas, ativa, que vive em áreas com recomendação da vacina, ou vai a parques e viaja para chácaras em regiões em que foi detectada a doença deve receber a vacina. Caso já tenha recebido uma dose prévia em outra época da vida não é necessário revacinar. Uma dose adicional será necessária, para atender as exigências sanitárias de determinados países (checar isenção de idosos no site da embaixada), se não tiver o comprovante da aplicação, uma nova dose é recomendada, pelo menos dez dias antes da viagem. A vacina fracionada, que está sendo produzida no Brasil até o momento não é aceita para esse fim.
Os idosos que vivem na zona urbana onde não há ocorrência de febre amarela em macacos e saem muito pouco de casa, não precisam se vacinar.
Idosos frágeis e que necessitam receber a vacina devem ser avaliados previamente (recomendação da Sociedade Brasileira de Geriatria). Apesar de rara a reação vacinal (doença viscerotrópica e neurotrópica) é mais frequente nos maiores de 80 anos.
É prudente que o idoso que recebeu a vacina da febre amarela seja acompanhado nos primeiros 30 dias após a aplicação.
As medidas de precaução como usar roupas compridas, repelentes, colocar telas nas janelas são sempre recomendadas inclusive, para se evitar outras doenças transmitidas por mosquitos.
A vacina esta contraindicada para indivíduos que usam imunossupressores e têm alergia a ovo.
Marcos Galan Morillo
Geriatria clínica e preventiva
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