As vacinas são consideradas uma das dez grandes descobertas científicas que mudaram a história da humanidade. Segundo a organização mundial de saúde (OMS) em 2020, o Brasil terá a sexta maior população de idosos, (maiores 60 anos) sendo esse um dos grupos que mais se beneficia com esse tratamento preventivo. No idoso a vacinação favorece o envelhecimento saudável evitando infecções respiratórias, agravamento de doenças crônicas controladas, internações hospitalares e óbitos.
O programa nacional de imunização recomenda e disponibiliza no posto público, para essa faixa etária, a aplicação das vacinas contra a influenza (gripe), tétano e doença pneumocócica. Vacinas para outras doenças quando bem indicadas pelo médico podem ser aplicadas em clinicas privadas.
Vacina para gripe (influenza)
O vírus da gripe pode levar a graves complicações nos idosos com doenças cardíacas, respiratórias, renais e metabólicas. Pode causar pneumonias graves pelo vírus e predispor a infecção bacteriana. Não se deve confundir o resfriado comum, uma doença simples para qual não existem vacinas com a gripe causada especificamente pelos vírus do grupo influenza. A vacina é segura e a taxa de mortalidade em não vacinados não é desprezível.
Esquema vacinal: uma dose anual, preferencialmente antes do início do outono.
Vacina para tétano
O tétano é uma doença com altíssima mortalidade. Aproximadamente 2/3 dos casos ocorrem nos idosos. Nos postos públicos se aplica a vacina dupla bacteriana (dT) contra tétano e difteria. Nas clinicas privadas se da preferencia a tríplice bacteriana acelular (dTpa) que também previne contra coqueluche (“tosse comprida”). A proteção conferida em quem já teve a doença é de no máximo 15 anos. É especialmente recomendada para idosos que convivem com crianças com menos de um ano.
Esquema vacinal: uma dose a cada 10 anos se tiver a vacinação básica completa (pelo menos três doses durante a vida).
Vacina para o pneumococo
O pneumococo é uma bactéria que causa pneumonia, meningite e outras infecções. Indicada para todos os maiores de 60 anos e principalmente naqueles que são imunocomprometidos, tem doenças pulmonares ou cardíacas, diabéticos e pessoas que não tem o baço. Todos que vivem em instituições de longa permanência não devem deixar de ser vacinados.
Esquema vacinal: duas doses com intervalo mínimo de cinco anos entre elas
Vacina para Febre Amarela
Indicada para residentes em regiões de risco e nos indivíduos que viajam para essas localidades. Os maiores de 60 anos tem risco de eventos adversos mais graves.
Esquema vacinal: uma dose a cada 10 anos
Vacina para Hepatite B
A vacina contra a hepatite B tem indicação universal, os idosos com essa doença desenvolvem formas mais graves.
Esquema vacinal: três doses, com 0, 30 dias e 6 meses
Outras vacinas
Seguindo a orientação médica outras vacinas podem ser indicadas como para herpes, hepatite A e nas endemias vacinas para meningite e a tríplice viral (sarampo, caxumba rubéola).
“O maior problema com a vacinação é a sua não utilização”
Dr. Marcos Galan Morillo
Geriatria e Clínica Médica
Mestre pela Escola Paulista de Medicina daUniversidade Federal de São Paulo
Theme by Danetsoft and Danang Probo Sayekti inspired by Maksimer